segunda-feira, 12 de outubro de 2015

GENEROSIDADE



“Se você tem na verdade um coração generoso, não pergunte. Sublime boa fortuna. A generosidade será realmente reconhecida como uma virtude sua.”

      A verdadeira generosidade não é calculista nem se preocupa com gratidão ou mérito, age em virtude de uma necessidade interior. Tal coração verdadeiramente generoso já se sente recompensado ao ser reconhecido. Assim sua influência benéfica se estende a vida toda sem impedimentos. 

Linha V – Hexagrama I, Aumento.


Comentário sobre a Linha V:

      “Se, de fato, você tem um coração generoso...”A verdadeira generosidade nasce de uma necessidade interior, não envolve qualquer pensamento preconcebido, é puramente espontânea porque está de acordo com nossa verdadeira natureza. Na guerra contra a vaidade devemos considerar se agimos impulsionados pela inocência ou visando méritos. É maior o efeito da generosidade quando nos privamos dos prazeres e vantagens para conseguir um relacionamento mais correto. Não devemos nos preocupar se nossas opiniões não forem reconhecidas, pois quem permanece fiel a si mesmo e puro de coração terminará sendo reconhecido.

      Se fizermos questão de demonstrar nossos sentimentos, pretendendo influenciar outras pessoas ou dando-lhes o prazer de serem reconhecidas, cometemos o erro de encarar nossos cuidados como um prêmio. Então, se valorizamos a maneira como sentimos, ficamos sob a influência da vaidade. Se expressarmos o que sentimos por temer que os outros necessitem de uma prova de nossa solicitude, estaremos servindo de instrumento aos seus egos. Ficamos desgastados toda vez que o desejo ou o temor nos levam a uma demonstração de nossas opiniões ou sentimentos, ou à defesa de nossos atos. Se permanecermos voltados para a correção de nossos motivos e firmes em nossos princípios, naturalmente será acertado o que falarmos com espontaneidade.

      Definitivamente, a verdadeira generosidade consiste em fazermos conscientemente o que é correto longe dos olhos e ouvidos alheios.
      Por fim, ser generoso é ser também paciente se forem cometidos erros por nós ou por outras pessoas. Perdoar não inclui um ato de penitência ou uma justificativa. Permanecemos simplesmente pacientes, moderados e justos em nossa atitude para com os outros.


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