Há muito tempo
o homem sentiu a necessidade de ter algo que o abrigasse das intempéries, não
pelo conforto, mas por puro instinto de conservação. No início estes abrigos
não tinham um lugar fixo, mudavam de lugar desorientados como o próprio homem,
contando exclusivamente com o Instinto deste. Com o tempo esses abrigos
tornaram-se moradias fixas, e o homem passou a se preocupar com sua
sobrevivência naquele lugar por mais tempo; ai então o homem aprende a manipular
os recursos da natureza ao seu favor.
Enquanto a
maneira de se relacionar com o meio externo se modificava, o homem primitivo
que contava somente com o seu Instinto traz essa Força da Natureza para fora de
si e passa a cultuá-la como um Deus, ou inúmeros Deuses.
Este homem
olha para este Deus fora (ou Deuses) e sente que é totalmente dependente Dele,
e precisa colocá-lo bem perto de si, num lugar determinado para que ele possa
ir até ele quando for necessário. O homem cria o altar e depois o abrigo desse
altar: o templo, que seria o abrigo do Deus.
O homem que
separou o Deus de si - e continuou dependente Dele por perceber que seu poder é
muito maior -, através do seu instinto (ou o próprio Deus) criou uma forma para
este templo, baseado na única manifestação de Força que ele conhecia: a própria
Natureza.
Muito tempo
passa e os meios de utilizar as Forças da Natureza na busca de Deus vão se
aperfeiçoando, ou sendo compreendidas. Usada inicialmente nos templos e locais
onde habitavam os que detinham o poder (palácios de reis e imperadores),
praticada por membros de sociedades iniciáticas ou religiosas, este
conhecimento volta a ser utilizado pelo homem comum, na sua casa, no seu templo
pessoal.
Através de
suas diversas denominações e maneiras de expressão (Geometria Sagrada, Feng
Shui, Vastu Shastra, Geobiologia, etc.), o Deus que nunca esteve fora do homem
(Deus em Mim, Divina Presença, Eu Sou), se faz presente no poder de organizar
as Forças da Natureza a favor da evolução da consciência individual.

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